top of page

Lifting facial e o canto: quase deu errado!


Na verdade, vamos falar sobre todas as plásticas que eu fiz. Minhas amigas me chamam de a rainha do bisturi. Mas vamos por partes… Antes de mais nada, minha carreira exige uma imagem tanto para o palco quanto para as câmeras. Logo, um dos fatores que fazem com que uma atriz seja chamada é cuidar de sua aparência. O que estou dizendo não é se deformar e virar outra pessoa, como anda acontecendo ultimamente com tantas plásticas precoces, preenchimentos, harmonizações faciais equivocadas. Estou falando, realmente defendendo, que faz bem uma mulher se sentir bem. Entretanto, vamos falar também da falta de limites. Não vou citar nomes, pois a maioria de vocês leitores e leitoras já viram pessoas com a descrição que farei. O YouTube está repleto de desastres de pessoas (mulheres e homens que perderam a mão). Mas também há quem acertou e há atrizes e atores que nunca fizeram plásticas. Vou focar nos benefícios e alguns riscos.


 

Vou falar de mim que não gasto tempo falando de terceiros. Mas antes de chegar no lifting facial teve mais coisa… a primeira plástica que eu fiz foi após ter meus dois filhos. Foi uma mamoplastia por total flacidez de pele (1993). Meu cirurgião Dr. Luiz Arístocles fez apenas redução de pele e lipoaspiração. A plástica seguinte foi de pálpebras. Por uma questão genética, associada à minha obsessão por leitura, segundo ele, deixaram minhas pálpebras com sobras de pele. Fiz duas plásticas de pálpebra pela mesma razão, uma em 2000 e outra em 2009. Em 2005 fiz um abdômen total que foi a melhor coisa que fiz. Devido à gravidez de dois meninos 1984 e 1986, tanto a pele abdominal quanto a musculatura estavam totalmente flácidas. Como resultado dessa última cirurgia, em outubro de 2005, meu abdômen melhorou tanto que pude cantar notas agudas que jamais imaginei que as teria. Fui capaz de cantar na Abertura da Temporada do Teatro Municipal do Rio de Janeiro em 2006, cantando Cristo no Monte das Oliveiras.



Vocês devem estar desesperados para saber sobre o lifting facial, já sei… então, isso me assustou. A cirurgia foi perfeita, o resultado final impecável, esteticamente ninguém consegue perceber cicatrizes ou alteração das minhas características. Porém, uma das consequências do pós-operatório é uma certa fibrose no tecido subcutâneo da região inferior de toda a mandíbula devido à lipoaspiração da gordura do papo e do pescoço. Aí… eu fiquei um bom tempo sem conseguir produzir agudos e fui fazer uma audição (que não vou dizer qual foi rsrsrs) e simplesmente o meu agudo quebrou… tipo mico… vexame…. No entanto, eu entendi que estava cedo demais, cedo demais para cantar. Eu tinha apenas 2 meses de operada. Então, queridas e queridos, quando fizerem um lifting facial, façam bastante drenagem com especialistas em recuperação cicatricial pós-operatória e aguardem pelo menos 3 a 4 meses antes de tentarem cantar profissionalmente. Obviamente, isso não acontecerá com todas as pessoas da mesma maneira. Meus agudos sempre foram difíceis, e naquele momento, havia uma restrição mecânica ainda mais restritiva… Hoje quem me tortura é a pós-menopausa, que é assunto pra outro blog.


Quero falar ainda uma outra coisa importante. Quem deseja fazer plásticas, seja de que tipo for, deve sempre procurar apenas compensar a perda sutil do tempo, preservando sua imagem e seu bem estar. Não se descaracterizando. Os meus cirurgiões, pois quem fez minha face foi o Dr. Vinicius Garrido, e o Dr. Luiz Arístocles, que fez todas as anteriores, nunca permitiram que eu exagerasse. Sempre fazem a cirurgia de forma orgânica e sutil. E tem um detalhe: o momento de fazer as cirurgias deve ser antes da pele perder a firmeza. Sempre fiz um pouquinho “antes do limite” e fiquei muito satisfeita com o resultado.

Em resumo, o abdômen total com restauração do tônus abdominal foi incrivelmente eficaz para a voz. O lifting quase me prejudicou, mas por uma questão de falta de conhecer os meus limites da cicatrização de pescoço e contorno de mandíbula. Se eu disser a minha sensação como um todo, estou extremamente satisfeita com as escolhas que fiz e dos momentos em que decidi tirar minhas sobrinhas. Aliás, sempre digo: nunca “coloquei” nada, somente “tirei” peles que sobravam. Na hora certa. Na medida certa. O suficiente para manter minha autoestima em dia e minha imagem agradável. Não tenho medo de envelhecer nem de morrer. Quero apenas ser o que sou. Hoje eu continuo me vendo uma senhora, avó de três netos (até abril de 2023, eram três, rsrsrs) que quer se apresentar leve, saudável e agradável para o meu público.

Acho que estou conseguindo…


 

Achei esse artigo aconselhando não cantar antes de 9 semanas


Eu sou a favor de procedimentos estéticos e plásticas, desde que com respeito à sua natureza e sem perder a mão.


Espero ter ajudado e até a próxima.


 

Clica para ouvir!



33 visualizações1 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page